Acima, o logo Rio 2016, apresentado em Copacabana. Abaixo, a marca da Telluride Foundation
Diversidade harmônica, energia contagiante, espírito olímpico e natureza exuberante. Esses são alguns dos atributos associados à marca dos Jogos Olímpicos Rio 2016, apresentada ao público na noite do último dia 31 de dezembro, em plena festa do réveillon de Copacabana.
A imagem foi desenvolvida pela Tátil, empresa que venceu uma concorrência que contou com a participação de outras 138 agências. O processo que definiu quem criaria a marca durou nove meses e selecionou oito finalistas para a última etapa da qual a Tátil saiu vencedora.
Na noite em que a marca foi lançada, o presidente do COI destacou o caráter inovador e criativo da imagem, a primeira na história dos jogos que é tridimensional. “Ela realmente reflete a visão do Rio e do Brasil para estes jogos, a paixão do brasileiro pelo esporte, e a união de diferentes culturas em torno do projeto dos Jogos Olímpicos”, disse.
A imagem que representa os Jogos Olímpicos Rio 2016 já está envolta em uma polêmica. A logomarca criada pela Tátil lembra em muito a de uma ONG americana, a Telluride Foundation, localizada na cidade de mesmo nome, no Colorado, nos Estados Unidos. Apesar de reconhecerem a semelhança, os criadores da logomarca brasileira negam a suspeita de plágio.
Ao Globoesporte.com ele, Fred Gelli, criador da logomarca, afirmou que as semelhanças não podem ser negadas, mas negou qualquer ponta de plágio no processo de criação do logotipo. Ele reconheceu traços parecidos com a marca da ONG americana, mas reforçou que uma pesquisa de seis semanas foi realizada para evitar este tipo de acusação.
“Nunca tínhamos visto essa marca. No processo, fizemos uma pesquisa enorme em busca de semelhanças e referências que pudessem ser conflitantes. Essa, por alguma razão, passou batida. Existem outras com o mesmo conceito. Quando estamos falando de um grupo de pessoas se abraçando, é uma referência ancestral, está no inconsciente coletivo. Existe na arte rupestre, na arte indígena, espalhada em diferentes expressões artísticas. Mas achamos isso muito positivo. Quando decidimos optar por uma marca humana, queríamos traduzir o jeito carioca de ser, de abraçar quem chega. O brasileiro é o único do planeta a ter a cultura de abraçar quem nunca viu direito. Isso é absolutamente encantador. E o espírito olímpico fala da união dos povos. O princípio da nossa marca é esse”, afirmou o diretor ao Globoesporte.com.